segunda-feira, 7 de junho de 2010

TODO APOIO A GREVE E OCUPAÇÃO DOS ESTUDANTES E TRABALHADORES DE MARÍLIA!

Fortalecer a luta estudantil e operária para derrotar os ataques contra a educação

Como se não bastasse os trabalhadores da Unesp, do campus de Marília sempre partirem na frente das mobilizações, a exemplo dos trabalhadores da USP e seu sindicato - SINTUSP , para desespero das direções, burocracia acadêmica e REItoria, os estudantes de Marília apontam mais um ano o caminho que o movimento estudantil deve seguir.

Após o ano de 2009, que os companheiros e companheiras haviam construído uma forte mobilização, greve e ocupação das salas de aula contra a demissão inconstitucional de Claudionor Brandão, contra a Univesp (Universidade Virtual) e o Ensino a Distância, e foi um dos únicos lugares onde de fato houve uma mobilização e um clima de politização no Movimento Estudantil mais de conjunto, em 2010, frente a um cenário de bastante apatia no movimento estudantil, os combativos estudantes de Marília se colocam na frente e tentam “sacudir” e coordenar os estudantes de todo o estado.

Um dos principais motivos da greve e ocupação que os estudantes vem construindo é justamente em defesa ao direito de greve dos trabalhadores, que paulatinamente vem sendo atacado, seja pelo governo federal, estadual, Reitorias e patronal. Defesa do Direito de Greve esta fundamental, uma vez que os REItores buscaram desde antes dos trabalhadores da USP entrarem em greve no dia 5 de maio, criminalizar o SINTUSP e sua luta, multando o sindicato a cada vez que fossem utilizados métodos mais radicalizado de luta (como os piquetes e ocupações) além de ameaçar descontar o ponto dos trabalhadores que cruzassem o braço (sem contar todo assédio moral que os trabalhadores vem sofrendo as custas de suas chefias).

Além disso, a greve e ocupação dos estudantes de Marília diz respeito a defesa da própria greve que os trabalhadores das estaduais paulistas vem construindo contra o fim da isonomia salarial (mecanismo que os REItores lançam mão para precarizar ainda mais os trabalhadores - dividindo os já divididos professores e funcionários, assim como deferir uma série de ataques a educação).

Outro ponto fundamental, que merece todo nosso acúmulo de forças, é a luta contra a terceirização, um dos principais ataques do neoliberalismo aos trabalhadores (em especial às mulheres, setor mais explorado e oprimido), e um dos eixos que a greve com ocupação de Marília vem combater, a partir da briga contra a terceirização do restaurante universitário, que passa a abrir no período noturno, como vitória dos estudantes 2009, mas que a burocracia acadêmica quer jogar nas costas dos trabalhadores, precarizando ainda mais as condições de trabalho e tentando dividir a classe entre efetivos e terceirizados. Como colocam os combativos estudantes de Marília: “Uma vitória do Movimento Estudantil não pode ser uma derrota da Classe Trabalhadora!”.

Para finalizar, é importante que pontuemos que a radicalização de método vem seguido pela radicalidade de conteúdo. Obviamente precisamos lutar pelos ataques colocados ao ensino superior, agora não para manter tal qual ele é, e sim que avancemos de fato na democratização da universidade (em todos os níveis) e para que ela esteja aberta e a serviço da única classe que pode dar uma saída progressiva para a sociedade que temos hoje: a classe trabalhadora. Ficam exemplos e ensinamentos: ocupação de 2009 com panfletagem e diálogo com a população (que muitas vezes é secundarizado), levantando como bandeiras de luta o FIM DO VESTIBULAR e a ESTATIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES PRIVADAS (além de serem nessas universidades onde se encontram os trabalhadores e seus filhos - para que todos possam estudar), e no começo deste ano, na atuação combativa de apoio ativo na greve de professores do Estado de São Paulo, levantando claramente que “Hoje são eles, amanhã seremos nós”.

É nessa perspectiva, de aliança com os trabalhadores, que o Centro Acadêmico de História “Gabriel Roy”, vem manifestar total apoio na luta dos companheiros e companheiras de Marília. Sem dúvida nenhuma são camaradas que vem aportando não somente em resgatar e lançar mão de métodos contundentes e radicalizados, mas também avançar programaticamente o movimento estudantil. Que a ocupação e greve dos companheiros (as) contagie de conjunto o movimento estudantil das estaduais, para que assim coloquemos em cheque as direções, REItorias, patrões e governos.

Que essa singela moção dos camaradas de Franca, que ano a ano estão ombro a ombro com sapateiros e sapateiras na cidade e na universidade, construindo lutas e buscando “amariliar” um pouco o movimento estudantil de Franca, possa avançar na dura batalha que constroem hoje os companheiros.

Saudações de luta!

Centro Acadêmico de História

Unesp Franca

Gestão “Palmares”

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